segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Viajo, logo existo!

O que faz uma pessoa deixar tudo pra trás para ver o mundo com os próprios olhos?
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No meu caso foi a angústia que sentia de estar perdendo algo lá fora enquanto eu estava apenas lendo, vendou ou escutando relatos sobre países, culturas, pessoas, história e acontecimentos deste planeta chamado Terra.
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Confesso que do dia que pedi demissão até a data que embarquei para a Itália tive muito medo pois estava saindo da minha zona de conforto, do universo que eu conhecia e sabia as regras para um outro que era completamente desconhecido mas que era aonde queria estar. Pensava se eu daria conta de realizar aquele sonho cigano de andar de país em país e "absorver" o lugar.
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De quando cheguei na Bota fui, até agora, a Paris. Numa viagem bem turistica, e altamente introspecta, tive o gosto do provar coisas novas. Por determinados motivos ainda não fiz todas as viagens que quero pelo mundo mas viajo muito dentro do país. E, aqui, eu tenho aprendido muito e absorvido uma cultura nova. Não apenas italiana mas também de outros imigrantes.
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Fora este contato direto, ainda continuo alimentando este leão que existe dentro de mim que urge para ver com os próprios olhos tudo aquilo que ouço e leio. O mundo virtual ajuda muito. E assim eu tenho descobertos novos blogs que aguçam a minha curiosidade. Assim, vou fazer uma apresentação dos recém chegados na minha lista de acompanhamento e aponto o diferencial de cada um para mim. (clic no link)
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Fatos e fotos de viagens, escrito por Arnaldo Interata, oferece uma descrição lírica de cada viagem que faz ao lado da esposa. O texto é primoroso e a fotografia um verdadeiro manjar para os olhos. Daria um premio National Geographic para ele.
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Viajar pelo mundo, é o relato de uma família sobre os lugares que passam. Pai, mãe e filho adolescente contando sua versão dos fatos. Uma das coisas que mais gostei foi o fato que sempre desejei formar uma família assim. Lendo me parece que "quem sabe, por que não?" isso pode acontecer ainda!
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Viajar com gosto, uma apaixonada por cozinha dá a volta ao mundo narrando as descobertas no ponto de vista culinário. Como para mim conhecer uma cultura precisa, obrigatoriamente, conhecer a comida, tenho lido o blog com a boca cheia dagua.
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Viaggio Mondo, o site é da Fê Costta que mora em Dubai e resolveu fazer da sala de embarque a sua sala de estar. Casada, formada em Turismo, ela vai nos lugares mais incríveis deste mundo. O que antes era um hobby, virou uma maneira de viver. A última viagem, que está no site, é no Libano. Em resumo, quando crescer quero ser como você Fernanda!
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Para finalizar: parece que viajar acompanhado é melhor que sozinho. Todos sites e blogs sitados são de pessoas que viajam com esposos(as)! E o que é aquilo do Arnaldo referir-se à sua esposa como "a minha doce Emilia?". Eu também quero! Pronto, falei.
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E você tem algum outro blog ou site para me indicar?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Immaturi, uma comédia italiana



Ontem fui ao cinema assistir Immaturi, de Paolo Gevonese. O filme conta a história de um grupo de amigos que, por erro burocrático, após 20 anos se reencontram para refazer o exame de maturidade (tipo um Enem obrigatório para concluir o ensino médio na Itália). Com algumas rugas a mais e cabelo a menos, os amigos se vêem novamente juntos relembrando o que foi a melhor época de suas vidas enquanto vão apresentando os dilemas atuais do cotidiano. A comédia leve é recheada de piadas e situações engraçada que nos lança a uma época que a maior preocupação era passar de ano e os namoricos da adolescência. Cada personagem poderia ser qualquer um de nós. A pequena Penélope (Aurora Giovinazzo), filha da “immatura” Luisa (Barbora Bobulova), é um show a parte. Com um texto rápido e boa interpretação, a atriz oferece um dos melhores momentos no divertido diálogo com a mãe sobre quando iniciar a vida sexual. Aliás, é a menina que faz um feedback de como as coisas acontecem na atualidade. Hilário!
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A história do filme me fez sentir saudades (ainda mais) dos meus amigos do Brasil. Como o emprego do meu pai sempre nos fez mudar de cidade, não tive uma amiga que cresceu comigo. Acho tão legal histórias sobre pessoas que começaram a amizade no jardim de infância! Pois é, eu não tenho uma referência assim. Mas eu tenho amigos que mesmo morando longe, por causa das mudanças que tive, continuaram presentes na minha vida. Sabem aquelas pessoas que podem passar o tempo e quando se reencontram é como se tivessem se visto ontem? Pois é esta amizade gostosa, firmada no carinho, lembrança e respeito, que eu tenho e aperta o coração quando me lembro delas. E com um Atlântico entre nós somente as ligações telefônicas, ou a net, para apaziguar tanta saudades.
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Hoje, no Facebook, “O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade em que elas acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. Uma grande verdade.
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Ciao a tutti!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sciopero = Greve


Na primeira vez que ouvi a palavra estava na estação de Forlì. Ao chegar a minha vez a atendente me disse: "C'è sciopero". Olhei sem ententender nada e liguei para minha prima para saber do que se tratava pois eu entendia shopping. Ai descobri que os maquinistas estavam em greve. O interessante foi descobrir que somente àqueles dos trens regionais (mais baratos) estavam parados. O InterCity e EuroCity funcionavam perfeitamente.
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Este episódio sempre me vem em mente quando sei que terá sciopero, mas o mais divertido é saber que na Itália existem horários para paralizar tudo e outro para haver atividade. Por exemplo, hoje os motoristas de onibus estão em greve e os horários ficaram assim:
Até às 9h e das 12h às 15h - funcionamento normal
De 9h às 12h e 15h até o fim do turno - greve
Não é engraçado esta coisa? O povo faz greve mas interrompem um pouquinho para trabalhar!
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Ah, para quem quiser aprender um "cadim", schiopero se pronuncia chiópero!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Música do dia: Encontros e despedidas, por Maria Rita



Porque o que é bom, independente da língua madre, é bom e merece ser ouvido sempre, sempre e sempre!
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Encontros e Despedidas, por Maria Rita.
Letra, do Portal Terra.

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
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Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir
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São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

É dos carecas que elas gostam!

X

Esta afirmação sempre me trouxe em mente a imagem de homens como o baixinho da Kaiser: baixinho (quanto redundancia!), careca e barrigudo. Nunca (na história deste país.. ops, errei o discurso..rs) achei graça nos carecas.... até vir para Itália. Aí o assunto ganhou outros contornos. Não sei o que acontece, se é genética ou o calcário absurdo na água, mas existem muitos italianos calvos. Mas não são baixinhos nem barrigudos. Estão mais para um Marcello Antony.
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Ontem, dentro do onibus, notei um homem lindo. Deixa eu explicar meu conceito de lindo> é Antony pra cima, certo? Voltando ao meu colírio de ontem. Era um deus grego. Lindo, careca e com barba rala. Alguém me "acódi"! Fiquei hipnotizada com o perfil do moço. Mesmo com tanta roupa que vestia dava para perceber que tinha um belo físico. Lembrei do ator global pelo sorriso, e do ditado pela careca.
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Ah, sim, vale dizer que aqui os homens tem o costume de raspar as cabelos quando a queda capilar é definitiva. Ao invés da decadência, escolhem a saída mais honrosa. Estão certissimos. Ganham mais charme e beleza.
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Papai do céu, estou acrescentando este quesito na minha listinha, tá!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sonhando e crendo

"Visão é o espetacular que nos inspira a seguir em frente na rotina da vida. Chris Widener
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Tudo – mas absolutamente tudo – começa no coração e mente de alguém. Toda grande e nobre realização um dia teve inicio na mente de uma pessoa. Essa pessoa ousou sonhar e crer – ainda que no impossivel.
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Quero encoraja-lo no dia de hoje a fazer uma importante e singular pergunta a si mesmo. Você terá que preencher o espaço em branco: “E se?” ___________________. Pense grande. Não permita que pensamentos negativos venham lhe desencorajar. Pense nas possibilidades que podem ser suas, da sua família, de um ente querido, etc. Se porventura no passado você teve um determinado sonho e hoje ele se encontra adormecido, é hora de acorda-lo! Abane essas cinzas e busque nelas ainda uma faísca que venha reativar esse fogo!
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Sim, sonhe grandes sonhos. Lembre-se daquilo que William Carey disse certa vez: “Permita que o tamanho dos seus alvos determine o tamanho do seu Deus.” Deus está pronto para fazer algo tremendo em sua vida; tudo o que você necessita é Nele crer um pouco mais. E ainda mais: não se esqueça de que o seu sonho deve possuir um elemento indispensável: ele tem que estar atrelado ao reconhecimento da sua incapacidade e inabilidade de alcança-lo por si próprio.
Nélio DaSilva
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Para Meditação:
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! Efésios 3:20"
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O texto é do site Encorajamento que eu leio diariamente (clique no link). Sou uma pessoal que procuro me motivar constantemente. Nem sempre as pessoas à minha volta têm algo positivo a dizer ou estão nas mesma sintonias comigo. Aliás, algo que ja percebi é que são poucas pessoas que pensam como eu. Me sinto quase um alien entre os demais. Então, para ter coragem de assumir os meus riscos, independente de quais sejam, eu me carrego de pensamentos como os que eu encontro neste site.
Caso você, meu público de cinco pessoas, precise de forças para seguir em frente, leia e foque a sua energia nos seus objetivos. Sonhe e creia que vai acontecer. Eu creio!
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Ciao a tutti!

sábado, 15 de janeiro de 2011

O Brasil na mídia italiana


A revista Geo, na edição deste mês, dedica 41 páginas para falar sobre o que fez e faz o país ser uma grande economia após anos sendo apenas uma promessa. Com uma manchete batida (Brasil, a nova grande potencia) o periódico não diz nada diferente e reafirma alguns estereótipos como a ausência, quase nula, da classe média brasileira. A fotografia, embora de qualidade, procura enfocar a pobreza. Imagens de favelas, prostituta com clientes, exercito nos morros, catadores de lixo etc.
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De novo vem a explicação bem resumida do que nos permitiu chegar onde estamos e vamos: estabilização da economia, redução da inflação e mercado consumidor interno. Algumas besteiras foram ditas como dizer que o petróleo é um dos responsáveis por este momento e Lula como o pai da criança. Porém seria necessário ressaltar que muita coisa aconteceu antes da descoberta da bacia de petróleo na divisa do RJ e ES, em 2007, mas a revista falha nisso. Sobre o ex-presidente, parecia até campanha publicitária. Mas dou uma trégua pois sei que, a exemplo anterior, o povo sempre chora o rei morto.
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Particularmente gostei da introdução histórica sobre a exploração do ouro no período colonial. Minas Gerais, principalmente a região da Estrada Real (ou Circuito Barroco), ganhou fotos e texto especial. Meu coração mineiro pulsou de alegria com tanta beleza. Amo, apenas isso posso dizer.
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O investimento em pesquisas também ganhou destaque. Aliás, outro dia li no jornal Corriere della Sera que o segredo do governo brasileiro foi investir em pesquisas há 20 anos pois isso permitiu o país se tornar líder no setor de biocombustível e outros mais. Pena que a revista não oferece a oportunidade de leitura on line!
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Mi manca tanto Brasile.
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Enquanto isso, do lado de cá...

O premier Silvio Berlusconi é indagado sobre corrupção e prostituição de menores pela Procura de Milano. A questão é relacionada à possível pressão que o presidente do Conselho fez sobre a Questura (delegacia) para liberarem a marroquina Karima Rudy El Mahroug, na época com 17 anos. Numa tradução livre, com a manchete "O caso Rudy", o Corriere della Sera diz: Com o objetivo de ocultar o fato de ter sido cliente de uma prostituta menor de idade em vários finais de semana em Arcore, e conseguir a impunidade sobre este delito e evitar a notificação de festas em sua casa na região, o presidente do Conselho, na noite de 27 e 28 de maio de 2010, teria abusado de sua qualidade de primeiro ministro para induzir os funcionários da Delegacia de Milano a tutelar Rudy, que tinha fugido de uma comunidade de menores, à conselheira regional da lombardia Nicole Minetti. Clique no link para ler a matéria na íntegra, em italiano.
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Do pouco que acompanho da política italiana posso completar dizendo que o primeiro ministro faz o que quer na Itália e já está no mesmo nível moral dos estadistas existentes pelo mundo. Seu descontrole sexual já está à beira da compulsão de um velho senil.
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Buon weekend a tutti!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Comida italiana, um caso de amor à mesa

Somente vivendo em um país é possível conhecer realmente a sua cultura. Morando na Itália eu me inseri na cultura da boa mesa, ou seja, culinária (mediterrânea principalmente) e vinhos, pouco menos neste último. O que mais me encanta é a simplicidade da comida e como ela nos satisfaz. Diferente do Brasil, em que colocamos no prato todas as comidas juntas, do lado de cá se come tudo separadamente e em pratos diferentes. A rigor, e nesta ordem, os italianos comem a entrada (algo leve para abrir o apetite), o primeiro e secundo prato (massa e carne), o contorno (saladas ou verduras), a sobremesa (doces ou frutas) e para finalizar o caffé.
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Na Itália comer bem é quase uma religião. Claro que não é todo mundo que cozinha uma maravilha. Nem são todos os restaurantes que fazem algo digno para se chamar de italiano. Porém uma coisa é certa, com o povo da bota você senta à mesa em determinado horário e levanta, no mínimo, três horas depois. Isso num restaurante, em casa entre comida, bebida e boa conversa se passam tantas e tantas horas.
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Em cada região tem seus pratos marcantes. No sul a comida é mais marcante, com mais temperos e frituras. No norte, é mais sutil ao paladar. Tenho maior preferência pela primeira principalmente pela culinária da região da Puglia. Comer pasta é tão normal como o nosso arroz e feijão. A diferença é que existem muitas formas de pasta. Engorda? Da forma como eles comem, não. E não me refiro na quantidade e variedade mas sim no preparo de cada prato. Enquanto no Brasil temos uma “explosão de samba” na nossa boca com a mistura de temperos, aqui cada prato tem o seu gosto. Já provou um fusilli com abobrinha e queijo parmesão ralado na hora? Simples de fazer o prato é um espetáculo pelo o adocicado que a verdura solta com o gosto forte do queijo. Uma combinação perfeita. Para completar apenas algumas pitadas de sal e pimenta do reino.
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É isso que me encanta na comida italiana. Aqui se pensa na combinação dos elementos para preparar a comida. A intenção é de sentir o gosto do que se come e não simplesmente dos temperos. E, se você ainda não esteve aqui, não pode imaginar como é bom. Assim eu aprendi a comer muita coisa crua. Enquanto vou preparando as verduras, belisco o que estou cortando: a cenoura que é doce e crocante, abobrinha verde, funghi, ervilha fresca, vagem, salsão, pimentão, aspargo, radicchio etc. Aprendi a usar pouco alho e sal. Hoje faço festa com hortelã, coentro, salvia, louro, rosmarino, salsinha. O resultado são elogios absurdos para a comida.
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Com o passar do tempo percebo que meu paladar enriqueceu e mudou. Continuo amando a comida brasileira, os nossos temperos e maluquices gastronômicas mas foi somente vivendo aqui é que eu comecei a valorizar os ingredientes e a preparação de cada prato. Um desafio para quem estiver lendo este post. Tente cozinhar sem alho, diminua o sal, use somente azeite extra virgem de oliva e abuse dos temperos citados (no máximo dois por comida) e procure sentir o gosto do que coloca na boca. Ah, não vale colocar calda Knorr.O resultado vai ser algo tão maravilhoso como este prato de espaguete com camarão que preparei no verão passado. Acredite, ficou de comer de joelhos. E buon apettito a tutti!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Falar mal do Brasil na Itália, um costume entre os brasileiros


Ontem fui a um aniversário de uma amiga brasileira. Havia somente convidadas tupiniquins, com muita comida boa e altas gargalhas. A festinha feminina verde-amarelo me proporcionou momentos maravilhosos em que conheci gente nova e revi outras. Em certo momento começamos a falar do Brasil e, claro, só ouvia coisas negativas. Eu sou defensora do meu País, tenho orgulho de onde chegamos e para onde o caminho nos aponta, mas fico indignada com a facilidade do brasileiro em falar mal de nossa terra. Tenho percebido cada vez mais que independente de onde tenham vindo são poucos que os gostam realmente de ser brasileiro.
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Vivo na Itália por escolha e tenho um “flerte” com a Bota. Apesar de não ver muito futuro para este relacionamento eu ainda insisto porque tenho me sentido realizada. Mas isso não me faz esquecer de onde eu vim, das pessoas que constroem e constituem esta Nação.
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Como não ficar revoltada com argumentos em que é apontado somente o que é feio, atrasado, sujo e vergonhoso? Eu sempre penso: será que vivi no “País das Maravilhas e não sabia?”. Mas ontem a ficha caiu e percebi que cada um relata aquilo que passou pelo filtro pessoal de cada um.
É verdade, o meu Brasil é desenvolvido, as pessoas acordam cedo para trabalhar e dão duro, os jovens correm atrás para fazer uma universidade pois sabe que o futuro está ali, a economia esta crescendo, a comida é boa, o lugar é lindo, as pessoas são bonitas, cultas e estudadas. Utopia da minha parte? Não. Existe isso sim. Alguém pode negar? O que eu não posso discordar é que existe o outro lado negativo mas acreditar que é somente de um jeito é um erro.
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Depois disso estou mais tranqüila. Daqui para frente, quando ouvir um brasileiro falar mal do Brasil vou escultar e concordar. Se para ele não existe nada positivo, sinto muito.
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Volto a dizer: cada um absorve conforme o seu filtro pessoal e, acrescento, ter curso superior muda muito a visão do mundo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Depois do bom velhinho agora é a vez da bruxa do 71


Ou melhor dizendo, da Befana!
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Todos os anos, no dia 06 de janeiro, os italianos comemoram a Epifania, isto é, celebração cristã que acontece 12 dias após o Natal. Porém, como no dia natalino, o personagem principal não tem nada a ver com as tradições da igreja católica. Desta vez quem vem alegrar a criançada, ou não, é uma bruxa. Segundo a tradição, a Befana trás doces na noite do dia 05 para o 06 para aqueles que se comportaram bem durante o ano. Quem fez mal criação ganha carvão!
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É muito esquisito pensar neste costume. Além das crianças passarem o ano querendo saber se Papai Noel vai lembrar de trazer os presentes, ainda sofrem com a pressão psicológica de uma bruxa que porta doces. Vai entender. E os ritos são iguais os do Natal. No mercado são vendidas meias, para serem dependuradas nas lareiras, que serão preenchidas pela velha. Ah, e ela entra também pela chaminé. Que eu saiba bruxa sempre foi má e nunca deu nada para ninguém. A não ser a da Branca de Neve, mas esta não conta pois a maça era envenenada. Enfim, em troca as crianças deixam um prato de mandarino, ou laranja, e um copo de vinho. Na manha seguinte, junto com os chocolates, doces e balas, encontram o prato vazio com as digitais da Befana.
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Apesar de não saberem quando começou esta lenda os italianos cantam uma musica em memória da Befana:
La Befana vien di notte (A Befana vem de noite)
con le scarpe tutte rotte (com os sapatos todos gastos)
col cappello alla romana...(e com chapéu à romana)
VIVA VIVA LA BEFANA! (Viva viva a Befana)
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E os pequenos ainda sonham com a velhinha. Mamma mia! Melhor ficar de dieta.