quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O pão nosso de cada dia

Costumo implicar com os italianos dizendo que, na culinária deles, o internacional fica por conta das massas. Faça jogo rápido, pensa num prato típico da Bota à base de carne? Se você não mora, ou nunca morou aqui, não esteve por estas partes e não é fã da culinária italiana, vai ter dificuldade para responder esta simples pergunta. Mas garanto que fora as massas, este povo entende bem do mexer da colher.
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Deixando a implicância de lado, e voltando ao que interessa. Fora o "macarrão", como entendemos nós brasileiros, o que eu mais gosto de massa são os pães. Lembro que quando cheguei aqui fiquei doida porque não achava um similar ao pão francês. Com o tempo, desenvolvendo o meu paladar, descobri que morar perto de uma pasticceria (padaria) seria a minha perdição. Os pães daqui são FENOMENAIS e servidos com todo o respeito num almoço ou jantar. Come-lo no café da manhã é quase uma ofensa. E existem tantas opções que os glutões de plantão (\o/) entram em crise quando é a sua vez de ser atendido. É até difícil de dizer: tem os de grão duro, de grãos, os integrais, os de leite, fora os originados de cada região etc. Mas o sabor! Humm.... juro, como sem precisar de passar nada neles.
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Como as manteigas italianas são ruíns, mamma mia!, quando quero comer com algo passo um pouco que queijo mole. Ultimamente minha paixão é o pão de milho. Nada de essência, minha gente. São os grão mesmo no meio da massa. E o sabor? E a crocância?  Aff! Não é atoa que adotei o bom costume local de comer com   o bendito pão nosso de cada. Claro que no meu caso ele aparece duas vezes, no café e almoço ou janta.
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Segundo minhas pesquisa achei uma matéria que informa: os italianos consomem 3,2 milhões de tonelas de pão ao ano, sendo que 60% deles consomem durante as principais refeições (almoço e/ou janta) e o gasto é de €248 ao ano, por pessoa. Numa família de quatro pessoas o valor vai para €1000. 
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Porém, os pães doces não são comuns por aqui. Sabem aquela cena de padaria brasileira com pão doce simples, com cobertura de coco, de goiabada, com creme, com isso e aquilo mais a Marquesa de Sapucaí por cima? Pois, vai achar aqui não. Até porque, quase como regra geral, bastou ser doce que entra como uma sobremesa. Biscoito aqui é doce, pode? 
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Aí, vai que estamos chegando ao final do ano (isso mesmo, faltam exatos 16 dias para você cumprir o que prometeu no início do ano!) e é época de Panetone. Pronto, reinicia a minha tortura pois a coisa não poderia ser simples, né. A variedade também é enorme. Tem o clássico, os com recheios, os com somente uvas cristalizadas, somente frutas cristalizadas, o tal do Pandoro (seria a massa pura do Panetone), o com amêndoas, o com açúcar cristalizada por cima etc. Sem contar nas especialidades de cada lugar e das padarias. A minha (pois é, já me sinto dona) inventou um com figos e amêndoas. Pronto. Agora a vaca foi para o brejo mesmo. Vou alí saborear minha outra feta desta delícia e encher este corpo com calorias natalinas....rs
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Ps.: Desculpem o sumiço, estava dando um tempo de mim para mim.
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Ciao!

Um comentário:

Celia disse...

Vou me da bem qdo for ai, pois adoro massas e amo paes. Ai vai ser um paraiso mesmo. O Panetone tambem é bemvindo nessa época do natal.
Por falar em natal, quero desejar que o seu seja de muita felicidade, paz e amor. Bj