terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Para o próximo ano eu quero ...

Ano passado eu defini três metas para 2009. Coloquei na lista somente coisas que, a princípio, eram possíveis: terminar, uma vez por todas, com a minha batalha com a balança e emagrecer os 10 kg que preciso durante o ano (aproximadamente 833g por mês), fazer meu máster e ser menos consumista. Somente o último obteve sucesso. O primeiro, naturalmente eliminei somente 3 kg. O secundo, por motivos burocráticos foi adiado para a próxima oportunidade.

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Mas o que quero falar foi da vitória que obtive. Deixei de comprar bastante coisas por impulso. Houve momentos que não resisti e levei para casa algo que poderia ter ficado na loja. Mas no contexto geral, consegui pensar mais no momento da euforia do “Eu mereço” e vi que não era preciso de muito mas sim de qualidade. Comecei a fazer escolhas e vi que são estas que contam no final.

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Não tenho dinheiro sobrando, nem em poupança, nem em ações. Fiz a escolha de investir nas sensações do dia-a-dia. E o resultado me surpreendeu. Percebo que não me sinto mais aflita por não ter. Invés descobri novas formas de viver a vida sem ter que pagar para ser feliz.

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Não me tornei uma monja abstendo-me de tudo. Aliás, não me assemelho em nada com estas pessoas. Apenas vejo que a escolha de viver de forma simples está me fazendo bem. Mas nem tudo é fácil. Esta escolha tem reflexo imediato no hoje. Mas e o amanha? Numa conversa com meu pai, na semana do Natal, fui chamada a atenção para um destino de todos: a velhice. Poderei continuar com as atuais escolhas sem pensar numa aposentadoria?

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Atualmente tem varias coisas desagradáveis acontecendo comigo. São momentos que tenho que me meter à prova, tomar decisões baseadas somente no meu entender e continuar acreditando que tudo vai dar certo.

Sendo assim, para o próximo ano vou definir somente uma meta para mim: meter-me à prova sem abrir mão do meu equilíbrio e simplicidade que tenho descoberto nos últimos tempos.

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Para aqueles que vêem me ler, desejo um feliz 2010 com muitas realizações e boas escolhas!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Amo muito tudo isso!

Nevou e amei a paisagem pela minha janela,
...andar pela paisagem branca, ...achar graça dos carros com "chantily", ...descobri uma nova forma de levar gelo para casa,

...vi as decoraçoes de Natal,


...e lembrei da minha infancia.

Entao, nao estou realmente bem por aqui? Quer provas? Olha esta cara e me diz o que acha.




domingo, 4 de outubro de 2009

Olimpiadas 2016


O Rio de Janeiro foi escolhido para cediar as Olimpiadas de 2016. Fiquei feliz. Ao ver o video oficial da campanha me fez sentir orgulhosa pela qualidade profissional do trabalho e também porque conseguiram mostrar um lado que é esquecido nos noticiarios brasileiros sobre a cidade, a beleza carioca.

Ainda nao sei colocar o video no blog (alguém pode me ensinar?), entao vejam neste link:


http://www.youtube.com/watch?v=Z00jjc-WtZI&feature=player_embedded


Ps.: Eu prometi post final das férias mas a eleiçao do Rio mereceu destaque. Desculpem, terça feira sai o prometido.

Ps2.: texto sem acentos devido ao teclado europeu. Nem correçao ortografica é possivel realizar.


Baci

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Auto-sabotagem


Recomendo a leitura da matéria do mês de junho/09. No site da revista Vida Simples. Clique aqui.

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Ps.:Prometo que no próximo post finalizo as minhas férias.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Carta - 23 de setembro de 2009


Ciao Cláudia!


Já se passou um mês da primeira carta e volto a escrever-te. Eu tinha razão. As últimas férias foram as melhores nestes 32 anos. Nunca uma cidade mexeu tanto com você como Roma. Lembra que perdeu um colar em forma de coração enquanto andava pelas ruas? Quando voltou ao hotel e sentiu falta do acessório, você ficou triste pois gostava muito deste. Para amenizar, resolveu pensar positivo, quase de forma romântica, que era o seu coração que ficava na cidade eterna. É provável que ela tenha se tornado a sua Meca.

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O início do mês de setembro foi particularmente difícil para você. Recebeu a resposta da universidade que não haveria bolsa de estudo para o ano 2010. Foi um momento em que pensou em desistir e voltar para o Brasil. Junto com a insatisfação profissional na Itália, saudades dos livros e de estar junto com pessoas que pensam como você, quase a motivou mudar os projetos e ir em busca de outras oportunidades. Não sei se continua assim mas hoje a sua força para ir avante é uma característica marcante. E foi justamente esta que te fez reiniciar novas buscas para o máster.

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A sua estadia na Itália te fez se redescobrir. Viu que não é preciso ser igual a outras pessoas, que ser você mesma é único e que, com isso, consegue ser muito mais feliz e realizada. Foi justamente na “Bota”, longe das cobranças e das comparações dos outros, que você conseguiu se olhar por dentro, gostar do que viu e encontrar o amor próprio. Ainda o preserva, não é mesmo? Espero que sim. Saiba que a sua opinião é mais importante que a dos outros. Não aceite comparações e nem ser exemplos para os outros além do que lhe é possível. Ser uma referência para os demais foi a sua prisão durante estes anos. Não caia nesta armadilha outra vez.

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Lembra que numa tarde as portas do alçapão de sua vida se abriram de forma brusca? Antes que as fechasse pode ver que aquele “moribundo” ainda continua lá. Hoje eu não sei resolver esta situação. Prefiro fechar a porta e me assegurar que não será aberta. Mas nunca se sabe. O que eu gostaria era de ter coragem para enfrentar esta situação sem medo das conseqüências. Se eu não conseguir, me perdoe. Realmente não foi possível, mas desejo que tu sejas muito mais forte que eu para mudar tudo isso.

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O outono chegou. Da janela vejo que as folhas das árvores começam a cair. A natureza se prepara para descansar mais uma vez. O sol brilha lá fora e tem uma brisa fresca no ar. São tantas árvores a sua volta que parece um bosque. A TV está desligada e tem alguns livros sobre a mesa te esperando. Melhor voltar para eles agora. Seu italiano é como de uma criança de cinco anos. Entende e fala bem mas ainda tem dificuldades na conjugação dos verbos. E isso rende cada pérola que te faz rir de si mesma. Aliás, para finalizar, não se levar a sério foi uma ótima sacada. Parabéns!

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Bacio e arrivederci.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Roma – 3° e último dia

O dia foi separado para conhecer o Vaticano. Como sabia que era muito concorrido, cheguei às 8h a Piazza San Pietro, fiz algumas fotos e procurei a entrada do Museu. Uns 10 minutos depois descobri que tinha que voltar o quarteirão e contorná-lo. Já tinha uma pequena fila e, como não havia reservado o bilhete, €12, pelo site e assim passar direto, precisei encará-la. Foi rápido. E enquanto esperava passar pelo guichê ouvia uma jovem italiana, 16 anos soube mais tarde, dizer aos seus pais que era pura implicância se não deixasse que ela entrar. Fazendo um raio-x: minissaia e camisetinha. Passou. As francesas, de short, levaram saia para colocar na entrada. Tiveram mais respeito pelas regras do lugar que a primeira.



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O museu é grande. Melhor dizendo, enorme. Têm várias galerias. A primeira é a egípcia. Múmias, sarcófagos, vasos e muitas estátuas. Para quem nunca tinha visto uma exposição da terra dos Faraós, a primeira experiência foi gratificante. Continuei andando pelas alas. Obras gregas com direito a muitas fotos com as estátuas. Sem companhia, resolvi brincar um pouco. Quem passava não entendia o que eu fazia simulando uma briga com César, quase abraçada a um busto de um bello ragazzo de mármore, ou em pose com o leão etc. Sim, eu sei me divertir sozinha. Vejam esta pose de escândalo diante de mais um “homem” nú no Vaticano. Pergunta boba: por que tanto cuidado com o tamanho das roupas dos turistas para um espaço onde o que mais tem é reprodução perfeita de pessoas nuas?


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Mas estava ansiosa para chegar a Cappella Sistina. Demorou muito e comecei a cansar. Passei pela Pinoteca, as Gallerie dei Cadenlavri, degli Arazzi, delle Carte Geografiche e Cortile della Pigna. Entrei num abrigo onde tinha tantas banheiras de mármore e granito que fiquei surpresa. É de pensar que eles gostavam de tomar banho. Uma obra que me chamou a atenção: a estátua de Laocoonte com as serpentes. Diz a lenda que ele foi um astrólogo de Tróia que aconselhou o rei a queimar o famoso cavalo-presente pois não tinha um bom pressentimento. Sugestão não aceita, pois o povo acreditava que era um “regalo” dos deuses para o fim da guerra, Laocoonte jogou-se ao mar onde foi devorado por víboras marinhas. A cena foi entendida como uma punição por rebelar-se contra providencias divinas. Mais tarde, quem sofre com a providência humana, foram os troianos. Lembram da história? Vejam a foto.


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Outra coisa que me impressionou, no meio do caminho, é que visitar o museu do Vaticano é preciso estar disposta a olhar para o teto, paredes e chão. Tudo é pintado, esculpido, detalhado. Sei que cada papa quis deixar a sua marca registrada mas, pensando bem, acho que foram muito extravagantes.

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Finalmente cheguei ao “capo lavoro” de Michelangelo. A sala foi construída por Giovanni De’Dolci e, por muito tempo, foi a capela privada de pontífices e é o lugar onde se reúne a Conclave para a eleição de um novo papa. Conta a história que o artista não queria muito o trabalho pois não se considerava um pintor, e sim escultor, e desejava continuar o monumento funerário do papa Giulio II, jamais finalizado, do qual fez somente Mosé in San Pietro in Vincoli. Contudo, fez e é impressionante. O que era para ser um simples projeto dos 12 apóstolos se transformou no ambicioso Gênesis. Foram necessários quatros anos somente para projetá-la. E, com tudo isso, fiquei apenas 5 minutos lá dentro. Sinceramente sou do tipo de pessoa que depois de cansada não rendo nada. Mas valeu a pena! Mammamia, o que o homem pode produzir com perfeição na arte eu vi naquele lugar. Sem dúvida o Renascentismo foi um período muito especial para a história da humanidade. Sem fotos porque lá dentro é proibido fazer registro. A que eu fiz, escondida, ficou horrível.

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Depois de quase 5 horas saí de lá em busca de um banco para sentar, respirar um pouco e colocar o pé na estrada novamente. Para finalizar, a saída pela escadaria em espiral no estilo anos 30, de Giuseppe Momo.



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Pausa para a parte mais engraçada desta visita. Estava olhando uma das tantas estátuas do lugar e, São Sem Noção tomou conta de mim, resolvi fazer uma foto diferente. Sabe aquelas fotografias onde se coloca um monumento entre os dedos polegar e indicador? Pois, fiz isso com uma estátua de um Apollo nú que tem uma pequena folha de vinha tampando o sexo. Sim, justamente esta parte ficou entre os dedos (sempre me perguntei por que faziam membros tão pequenos assim. Ser modelo naquela época deveria ser humilhante). Havia duas jovens italianas perto de mim e, quando entenderam a minha intenção, soltaram um “porca miséria” e saíram apressadas. Para um senhor, que me olhava de lado dei de ombro, apontei para a obra e disse: poverino, non è vero? (coitadinho, não é verdade?). Até hoje eu tenho crises de riso ao lembrar da expressão das jovens.


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À tarde perdi muito tempo tentando encontrar um correio que enviasse os presentes de meus pais para o Brasil. Lembram que em Agosto quase tudo fecha na Itália? Pois, quase fiquei na mão mas consegui. Do pouco que me restava do dia tentei ver Roma pelo buraco. Não é piada. Do portão da ordem Soberana dos Cavaleiros de Malta, na Piazza Cavalieri di Malta, no Aventino, ao lado da Igreja Santa Maria del Priorato, é possível uma visão panorâmica da cidade. Perdi tempo procurando e não achei. Me garantiram que praça é muito bonita e foi construída em 1765. O curioso é, quando se olha pela "fechadura" pode-se ver 3 países: Itália, Vaticano e a propriedade extraterritorial da Ordem Militar Soberana de Malta, que é a denominação atual da Ordem de São João de Jerusalém, fundada em 1048, na Palestina, por mercadores da antiga República Marina de Amalfi e é uma das mais antigas instituições da civilização cristã ocidental.

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Para finalizar a minha estadia na cidade eterna resolvi fechar com chave de ouro na Piazza Navona. Havia uma pequena confusão num bar que havia sido transformado em set de filmagem. Sim, Julia Roberts esteve ali gravando cena do seu próximo filme. Não, eu não a vi.

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Escolhi provar um spaghetti alle vongole de um restaurante, que não gravei o nome (rs), e era delicioso. Sou apreciadora do bom prato e aquele foi um belo presente para o final do dia. Quem quiser apreciar basta procurar o restaurante que faz apresentação de massas com produtos orgânicos. É fácil localizar. Aproveita e escolha, de entrada, a bruschetta di pomodoro e um espumante de acompanhamento. Finalize com um “esprèsso” italiano. Aviso, a conta é salgada mas o cenário é de cinema e a comida é de primeira.

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Ciao!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Roma – 2° dia

Senta que lá vem história...
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Comecei o dia cedo. Às 7h30 já estava na rua após um horrível café da manhã no albergue. Uma boa desculpa para tomar um cappuccino num bar. No roteiro do dia priorizei lugares públicos que não seria necessário pagar para ver. Como na jornada anterior tinha andado muito de ônibus e vi muitos pontos interessantes, decidi inseri-los entre as fontes e praças principais do roteiro. Aliás, foi uma descoberta para mim. Andar de metro é muito mais rápido mas impede de ver coisas que estão fora do “pacote”. Esta opção só foi escolhida quando já estava muito cansada ou precisava economizar tempo.

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Primeira parada, Fontana di Trevi. Para uma cidade como Roma, este monumento é bem recente visto que foi construída há pouco mais de 240 anos num projeto de Nicola Salvi. Até ficar pronta foram necessárias três décadas. Impressionante os detalhese beleza das esculturas. As estátuas parecem que tem movimento. Para quem quer vê-la sem uma multidão de turistas em volta, é aconselhável ir bem cedo. A água que mantêm a fonte vem do Arcquedotto Vergine que é outra parte interessante para ver. Basta seguir a pequena via que tem praticamente em frente de Trevi, que me esqueci de anotar o nome, e a poucos passos aparece uma placa informando do lugar. A importância deste está no fato de ter sido construído pelo braço direito do imperador Augusto, Marco Vipsanio Agrippa, em 19 a.C.


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Dalí segui para ver Il Quirinale, o obelisco no ponto mais alto de Roma, construído onde um tempo foi o templo de Quirino e eis a origem do nome.

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Não perdi muito tempo, voltei um pouquinho nas ruas e segui para o Partheon. No meio do caminho a igreja de San Carlo alle Quattro Fontane me chamou a atenção e entrei para ver. Ali cheguei a uma conclusão: naquela época era duro ser artesão pois, do chão ao teto, tudo era pintado!
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Perto, e um pouco depois dalí, encontrei a Coluna de Marco Aurélio toda trabalhada com cenas de guerra. Rica em detalhes bem preservada é um tesouro pouco visitado.


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Enfim o Partheon, templo pagão dedicado a todos os deuses. Construído pelo imperador Adriano é o único monumento romano que permaneceu intacto até os diasde hoje. Um dos motivos é o fato de ter sido o primeiro templo trasnformado em igreja após o convertimento de Roma ao cristianismo.


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A região entorno é bem servida de bares e restaurantes e tem uma fontana que serve de banheira para pombas. Pode acreditar, é muito bonita. Tomar um café ou gelato sentado em um dos quiosques, ou mesmo saborear uma deliciosa insalta caprese, observando o vai-e-vem frenético do lugar é relaxante. Embora, para mim, a experiência foi inversa pois foi justamente onde eu tive a minha primeira briga em italiano com um garçon. Foi o único episódio chato da viagem.

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Pensando que estava indo para a Piazza Venezia (só agora me dou conta que não fui lá) segui até a Chiesa della Minerva onde fiz uma foto muito interessante de outro obelisco (a cidade é cheia deles) de um elefante.



Uma das coisas que gosto de fazer é entrar em ruas que não fazem parte do percurso. Foi assim que me encontrei de frente com um grande pé de uma estátua. Sem nenhuma cerimônia, entrei no sebo ao lado e perguntei do que se tratava. Fui informada que é o que restou do colosso da deusa Isede. Observem como é quase do tamanho de um carro.




Nesta época do ano, em Agosto, os italianos saem de férias e fecham os estabelecimentos. Incrível! Deparei-me várias vezes com uma placa na porta, como esta embaixo, escrito: chiuso per ferie.

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Ali perto estava a Piazza Navona e segui para lá. Entre uma rua e outra me deparei com o que se tornou uma das melhores surpresas desta viagem, o Caffè Sant Eustachio. Viciada em café como sou, aquela bebida quente, perfumada e densa despertou o meu paladar. Não sei descrever o gosto mas sem sombra de dúvida é o melhor café que já tomei na minha vida. Ao elogiar a qualidade da bebida, fiquei sabendo que era produto brasileiro. O meu orgulhou fez surgir um sorriso no rosto que o proprietário, gentilíssimo, parou o atendimento para me fazer conhecer o estoque. Os grãos são provenientes de uma cooperativa de Poço Fundo, sul de Minas Gerais, cultivados organicamente. Além de fazer um produto maravilhoso a cooperativa ainda faz um trabalho social com crianças da região. Saí de lá devorando uma barrinha de chocolate sabor café.

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Depois desta experiência cheguei finalmente na Piazza Navona. Para mim, a mais bela de Roma. Hoje é circundada de edifícios dos séculos 16 e 17, mas na época dos romanos era um estádio construído para uma olimpíada. Um dos atuais edifícios encontra-se a embaixada brasileira com a nossa imponente bandeira hasteada sobre o balcão. A atração principal da praça é a Fontana dei Quattro Fiume que tem o mesmo número de gigantes de pedras representando os maiores rios conhecidos naquela época: Ganges, Rio da Prata, Danúbio e o Nilo. As outras duas, Del Moro e Netuno, são igualmente impressionantes. Naquela hora já havia tantos turistas que não consegui tirar nenhuma foto boa. Mas é preciso ir até o lugar para entender a magia que existe ali. A música tocada por uma banda, o ruído dos restaurantes e as cores dos palácios são capazes de criarem uma atmosfera única.



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Como a ordem do dia era andar, segui para a Piazza e Porta Del Popolo tendo em mente que iria ter um belo por do sol. E, como em Roma, no meio do caminho sempre tem uma igreja, pausa para fotos, mas somente do pátio para não perder a luz do dia nos demais lugares que ainda ia. Detalhe: a piazza era um local de execução pública nos séculos passados. Hoje, uma reunião arquitetônica renascentista, barroca e neoclássica. Entre aqueles monumentos, e mais outras estátua de Netuno, consegui achar um lugar para sentar e descansar. Alguns minutos mais tarde, com o ânimo refeito, era hora de subir a via e ver Roma de um belo panorama. Mais uma vez eu posso dizer, esta é a minha cidade italiana. A claridade solar daquele horário, 17h30, mais a arquitetura e o clima quente, mas agradável, me fez sentir feliz por estar ali contemplando tanta beleza. Olhava a cidade ao fundo e a piazza em primeiro plano e deixava a retina fotografar para o cérebro aquela maravilha criada pelo homem.

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Acabou? Claro que não. Próxima parada, Piazza Spagna. Longa e de forma irregular, tem uma das principais atrações da cidade: la Scalinata di Trenità dei Monti e, ao fundo, a igreja do mesmo nome e outro obelisco. Em volta, tantos casarões antigos e coloridos. Na primavera, as flores nas jardineiras existentes no meio da escadaria transformam o lugar numa verdadeira passarela. Aliás, o lugar respira luxo e grandes estilistas fazem apresentações de suas criações ali. Em frente, tem a via mais VIP do lugar, a Dei Condotti. Grifes como Gucci, Chanel, Max Mara, Salvatore, Valentino, entre tantas outras, estão expostas ali. Também tem o famoso Caffé Greco. O lugar é refinado e tem ótima apresentação. Entrei, provei e não achei nada demais. Depois do Sant Eustachio vai ser difícil.

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Os pés já davam sinais claros de cansaço, mas o dia não tinha acabado. Descendo a famosa via encontrei um artista de rua. Ele reproduzia com giz e os dedos uma pintura que mantinha perto. Já tinha visto algo em Firenze, mas este conseguiu ser muito preciso na arte. Algo interessante: ao lado da pintura tinha um “informativo” apontando a direção dos principais pontos turísticos da vizinhança.


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Seguia para Castel Sant’Angelo. A caminhada foi boa, mas pude ver o Palazzo di Giustizia e fazer fotos na Ponte Umberto I. Até chegar ao meu objetivo fui contemplando Trastevere do outro lado do rio Tevere. A noite, o lugar se torna um dos points mais badalados de Roma.


Cheguei ao meu destino extremamente cansada o que me fez aproveitar pouco a visita. Usei a minha última opção do RomaPass. Castel Sant’Angelo é imponente e foi construído como o mausoléu do imperador Adriano, mas com os anos teve várias finalidades: fortaleza, prisão, refúgio papal, caserna e palácio de festa. Para chegar é preciso atravessar uma ponte que dispõe 14 estátuas sacras. Sobre o castelo tem uma escultura do arcanjo Miguel que foi posta, no século VI, após o papa Gregório Magno pedir ajuda divina para livrar a cidade da peste. Conta-se que, direto do Vaticano, ele viu o anjo com a sua espada sobre o monumento. Era um sinal que a mortandade estava no fim. Depois disto passou a ser conhecido com o nome que tem hoje.

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Final do dia. Voltei ao albergue tomar um banho, comer algo e dormir. O dia seguinte começaria cedo!

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Obs.: para fazer os trajetos deste dia eu usei o metrô para economizar tempo. Mesmo assim, andei muito de alguns pontos ao outro. Resultado: precisei comprar analgésico para alivar as dores nos pés antes de dormir.

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Ciao!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Roma - 1° dia

É difícil começar um texto depois das férias sem lembrar-me das redações escolares. Dá até saudades.. das férias, vamos deixar claro!

Nunca imaginei uma cidade que poderia mexer tanto comigo como Roma. A cidade eterna me hipnotizou. Chegando no hotel eu tinha pensado de me sistemar primeiro, escolher qual seria o roteiro do dia e então sair e desbravar os monumentos, mas como os quartos do albergue ainda não estavam liberados, deixei minha pesada mochila na recepção e comecei o meu passeio pelo Coliseu.

Da estação Termini fui descendo a via Cavour e absorvendo o clima da cidade. Pausa para um pedaço de pizza, aquisição de um chapéu para suportar o sol quente e fotos da Igreja Santa Maria Magiore.

As cores e os prédios antigos, contrastando com o azul celeste do céu, chamavam tanto a minha atenção que simplesmente passei desapercebida em frente da basílica de San Pietro in Vincoli onde está a famosa estátua de Moisés, de Michelangelo. Peccato.

Na cabeça só tinha um pensamento: chegar na maior arena de espetáculos da era romana. Ver a quantidade de turistas na frente dos portões me fez sentir feliz por ter comprado o RomaPass, €23, ainda na estação. Passei rapidinho pela bilheteria deixando para trás uma fila quilométrica de pessoas. Senti-me tão esperta.. rs. (Dica do Ricardo Freire que valeu muito a pena).


O tamanho do Coliseu me impressionou. As colunas derrubadas, os arcos, as galerias. Senti um misto de euforia e tristeza. A primeira por conhecer a história* do lugar, a arquitetura e engenharia utilizada, a genialidade de como foi concebido. A última por relembrar que milhares de pessoas morreram naquele lugar de formas mais monstruosas possíveis. Não consegui sair de lá rápido. Quase 4h depois, consegui convencer o cérebro que era preciso conhecer outros pontos turísticos.

Fotos no Arco de Constantino, Parco di Traiano e descobrir que Roma está cheia de esculturas do artista Jiménez Deredia. As obras, em forma de mulheres gordas, lembram Botero. Posso dizer que o contraste do moderno com o antigo me agradou e muito.

Foro Romano e o Palatino foram as próximas paradas onde eu pude usar, novamente o RomaPass, sem gastar mais dinheiro. Santo cartão! Ajudou-me a evitar o falimento. Com ajuda de um audioguida, €6, vi como os imperadores viviam. A casa de Augusto é impressionante. Difícil é entender que era preciso construir uma casa para a esposa Livia ao lado da sua. No mesmo sítio arqueológico tem o Arco di Tito, Templo di Apollo, Arco di Severo, Templo di Cesare, Via Sacra etc. Constatei que a falta de sinalização nos monumentos faziam com que os turistas passassem por estes sem entender do que se tratava. Eu mesma tive dificuldades para identificar o lugar onde César foi cremado e, depois, construído um templo. Por causa desta falha ouvi de alguns turistas que tudo aquilo era um monte de pedras.

Os pés já começavam a reclamar mas ali perto estava a Piazza Del Campidoglio que merecia ser conhecida. Final da noite e era hora de voltar ao albergue, descansar um pouco e depois sair para comer. Ainda não tinha aprendido que só volta ao hotel na hora de dormir pois se perde muito tempo. Pensava em ir a Piazza Navona mas acabei na Piazza Campo dei Fiori. Entrei na pizzaria Il Stragnero, só pelo nome não deveria ter entrado, e, entre o primeiro atendimento ao momento de comer a minha pizza margherita, €9, passaram 45minutos. Não recomendo apesar da qualidade do pasto. Esperar tanto me dá nos nervos.

Na hora de voltar ao hotel, uma passada numa gelateria da vizinhança. Já era hora de dormir pois o dia seguinte começaria bem cedo! Mas isso fica para o próximo capítulo.

Ciao!



* O Coliseu foi construído, no ano 78 d.C, por um "arquiteto" chamado Gaudêncio. O seu nome simplesmente não aparece nos livros de história e nos relatos de Roma porque ele se converteu ao cristianismo e acabou sendo morto na arena de sua grande obra. Assim, foi riscado dos registros oficiais após a sua conversão.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Noticias direto de Roma

... e com os pés gritando para que eu saia de cima deles, posso dizer que esta é a minha cidade italiana. Sem duvida alguma. O calor, as pessoas, o ambiente me fazem sentir um pouco perto do Brasil. Até a confusao no transito e as ruas sujas ..rs
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Agora, pq ninguem me disse que o Coloseo hipnotisa as pessoas? Fiquei 5h horas e tive que convenser a cabeça que tinha que ver outras coisas..Ah, e pela minha primeira vez briguei feio com um italiano. Mas isso eu vou postar quando chegar em casa.
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Amanha tem mais. Vaticano e um giro fora da mura.
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Aguardem fotos.
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Ciao!

domingo, 23 de agosto de 2009

Resolvi escrever uma carta. Quanto tempo não faço isso. Será para mim mesma, daqui a 10 anos. Muitas coisas acontecendo na minha vida e gostaria de relembrar, futuramente, com detalhes deste momento.
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Ciao Cláudia!

Esta é a primeira carta que escrevo para você. O nosso tempo é diferente. Estamos separadas 10 anos uma da outra. Amanhã você estará embarcando para aquela que promete ser uma das melhores férias da sua vida. A emoção é forte pois vai conhecer Roma, Pompéia, Nápoles, Capri e Caserna. Esta última foi uma dica de último momento. No último mês se dedicou a pesquisar o roteiro, levantar hipóteses, saber o que vale a pena fazer, o que descartar. Encontrou tantas possibilidades que fez a tua habitual ansiedade ir ao cúmulo do absurdo. Agora são 22h32 e ainda falta terminar de arrumar todas as coisas, inclusive fazer a escova e não sabe se vai dar tempo.

É, você ainda é muito ansiosa. A possibilidade de fazer alguma coisa que tanto deseja te desestabiliza. Além desta viagem, a busca por uma bolsa para o master tem tirado o seu sono. Tempos atrás o que tirava o seu sono eram os shows dos eventos de assessoria que era responsável. Agora, voltou a acordar no meio da madrugada pensando se vai conseguir ou não a tal bolsa. Se houvesse um telefone entre nós duas, eu te ligaria para saber o que vai acontecer. Aproveitaria também para perguntar o número da loto italiana. O prêmio de ontem foi de 148 milhões de euro. Uma fortuna.

Na verdade, você se sente fortunada pois está vivendo o que sempre desejou. Atualmente não gosta do que faz mas gosta da vida que tem na Itália. Onde será que você está agora neste 10 anos depois? Está feliz? Se sente realizada? Tem algo que eu deveria fazer diferente para não me arrepender? Estou fazendo as escolhas certas?

Não sei como você é agora, mas hoje vive a transição aproveitando a maturidade. Algumas coisas estão entrando no eixo. Nos últimos dias você tem observado que ser solteira é bonito. Que, talvez, casar não seja tão essencial assim. Ter filhos ainda continua na lista mas a dificuldade para educar uma criança coloca um ponto de interrogação na sua cabeça.

Já fazem 17 meses que você saiu de casa. Não se sente mais a menininha do papai. Sabe que pertence ao mundo. Ainda não encontrou um lugar para chamar de seu. Porém sente falta da família. Por telefone e fotos vê àqueles a quem ama seguindo o rumo de suas vidas e você não está nelas, ao menos diretamente.

Espero que tenha orgulho de mim, do que estou fazendo hoje. Daqui a 10 anos vou saber.

Baci e arrivederci!


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A arte, ou o cálculo matemático, de fazer as malas

Arrumar a mala é uma arte. Para alguns, um cálculo matemático. Nos dois casos, para mim, é um verdadeiro desastre. Não sou criativa para o primeiro e, para o segundo caso... bem, digamos que não consigo somar 2+2 duas vezes consecutiva e obter o mesmo resultado. Melhor contar com a sorte e seguir as dicas de quem já fez o roteiro.

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Agora, o que considerar na hora de fazer a mochila para uma viagem no estilo “mochilão”? Fatos a considerar: é verão, a bagagem, que é de mão, não pode pesar mais de 10 kg e, segundo as normas de segurança nos aeroportos, produtos líquidos podem ser transportados somente em volumes de 100 ml e em frascos transparentes.

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Solução:

Primeiro, roupas leves e que podem ser usadas várias vezes;

Depois, lembrar que algumas coisas podem ser compradas no destino.

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Eu vou fazer assim:

Xampu, creme de cabelo e de corpo, desodorante – levo em pequenos frascos (mais barato comprar estes e usar os produtos que já tenho em casa);

Filtro solar, sabonete e pasta de dente – compro no primeiro Acqua&Sapone que encontrar pela frente.

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As roupas:

Duas bermudas, seis blusas, um vestido, tolha pequena, roupas íntimas, havaianas, um chapéu, meias, um tênis, uma sandália, escova de dente, de cabelo, fio dental, óculos de sol, kit vaidade (baton, lápis de olho, sombra e máscara), carregadores de bateria (celular e maquina fotográfica) e esta última. Pronto. E ainda sobra um espaço para a volta que é sempre problemática!

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Obs.: Quem está vindo à Itália é bom saber que nas igrejas não é permitido a entrada de pessoas com short, mini saia, camisetas de alcinha ou braços/barriga de fora. Atenção na hora de fazer a mala.

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Arriverdeci e buon viaggio!

domingo, 16 de agosto de 2009

Pêndulo

Gostaria de acreditar que a vida é uma estrada em que sempre seguimos em frente. É natural acreditar nisso quando pensamos no amadurecimento pessoal que somos sempre coenvoltos. Porém, basta frações de segundos para sermos arremessados num espaço que confude passado e o imaginável e voltamos em um ponto da nossa vida que já imaginavamos superado. E pode acontecer com uma música, o cheiro do café, do shampoo, do sabonete, um perfume, um sabor esquecido, um filme de sessão da tarde, um retrato, um livro. Aí você lembra que algo se perdeu, ficou para trás, e não pode ser trazido à sua nova realidade. Nostalgia, dirá alguns. Eu diria que são lembranças das escolhas que fiz. Nem tudo que desejei foi possível realizar. Antes de dizer o ditado "melhor se arrepender do que fez do que aquilo que não fez", penso positivo: vivos as escolhas que fiz.
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Contextualizando: não ouvir Chico Buarque em momentos delicados. Alguém pode me explicar a sensibilidade desta música Todo O Sentimento - Paris ?

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Planejando as férias

Agora posso falar: vou passar minhas férias em Roma e Nápoles e ainda aproveito para conhecer Pompéia e Capri. Estava organizando tudo e vendo as possibilidades. Como já fechei o roteiro, comprei as passagens e reservei os hotéis, está na hora de compartilhar com vocês.

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Serão apenas seis dias, de 24 a 30 de Agosto, e no total estilo mochilão. Ou seja, economia total. Apesar das escolhas serem baseadas no que pesa, ou não, no bolso, a qualidade do percurso foi mantida.

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O roteiro:

Dias 24, 25 e 26 – Roma e Vaticano

Dia 27 – Pompéia

Dia 28 – Nápoles

Dia 29 – Capri

Dia 30 – Retorno a casa (em off: chegando a Treviso, há a possibilidade de fazer um bate-volta até Trieste e aproveitar o último dia de férias).

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Encontrei uma promoção de passagem aérea para Roma, pela Raynair, no site da VolaGratis, por apenas €36,00 ida e volta.

Para fazer os percursos internos mais distantes da “Cidade Eterna” vou comprar o bilhete de ônibus, com validade para três dias, a €11,00. Nos demais destinos, farei uso somente do ticket diário, com validade e duração variáveis.

O meio de locomoção entre as demais cidades será o trem. Os preços são atrativos, basta olhar no site da TrenItalia. Assim, de Roma vou até a Estação Central de Nápoles, por € 19,50. De lá, mudo de trem para a Estação Pompei Scavi Villa Misteri, por € 2,40, e vou conhecer o famoso sitio arqueológico de Pompéia.

Para ir a Capri será necessário usar a barca. Pela Caremar o ticket sai por €7,60.

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Hospedagem

Para Roma, tive excelentes recomendações do Hotel Alessandro Palace na comunidade no Orkut “Europa de Mochila”. Na verdade è um albergue da juventude e o valor da diária, em dormitório misto para seis pessoas, um preço bastante interessante para a cidade, somente € 22,00. Pelos comentários de quem ficou lá, estou tranqüila*. O albergue está perto da Estação Termini, staf bom, quartos e banheiros limpos.

Farei de Nápoles minha base para Pompéia e Capri. Depois de procurar MUITO por um “ostello” com ar condicionado no quarto, relaxei e desisti. Vou ficar no bem recomendado Hostel of the Sun que tem apenas ventilador para os dormitórios e vou pagar € 20,00, pela diária. Neste, o ar é somente para as suítes que estavam fora do meu orçamento mochileiro. A favor tem as boas recomendações nos sites de prenotações de hotéis e da Carla, da comunidade no Orkut (grazie cara), que já esteve alojada por lá. Pelo o que me foi informado, a zona onde está localizado o hotel é segura.

*A única coisa que me preocupa nesta viagem é a insegurança destes belos pontos turísticos. Para quem viveu 32 anos no Brasil e nunca foi assaltada, é normal sentir medo, certo? Para entenderem o que falo, até os guias italianos informam quais pontos a serem evitados, principalmente pelas mulheres, atenção às carteiras e mochilas e evitar determinados pontos à noite.

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Informações

Para pensar o que fazer e onde ficar pesquisei muito. Vou deixar os links e nomes dos guias do que tenho visto. Assim, quem pretende planejar algo semelhante poderá se inspirar também.


Para Roma e Vaticano:

Para Pompéia:

Para Nápoles e Capri:

  • guia Napoli e la Costiera Amalfitana, editora EDT – Loney Planet, de Duncan Garwood e Cristian Bonetto.
  • Site do viajante profissional, e meu guru, Ricardo Freire: Viaje na Viagem.

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Arrivederci!

sábado, 18 de julho de 2009

Murano

Como se fosse uma continuação do post anterior, vou falar da minha andada a Murano. A pequena ilha proxima à Venezia é um encanto que merece ser conhecida. Aliás, é uma miniatura dos canais venezianos com menos turistas e sem gondolas.


Num percurso de 10 minutos se chega ao destino e não é preciso mais que a metade de um dia para conhecer e percorre tudo. Para chegar até lá é preciso pegar uma barca em um dos tantos pontos hidroviários de Venezia, que partem a cada 20 minutos ao custo de € 6 (ida e volta). É importante de não esquecer de validar o cartão nos guiches próprios. Basta passar o cartão na frente da máquina e pronto, está liberado para iniciar a viagem. Quem esquece deste detalhe pode pagar uma bela multa.

O principal atrativo da ilha são as fábricas de murano. O famoso vidro é produzido de forma artesanal, e na frente dos turistas, mas infelizmente não houve como fotografar. Aliás, existem placas proibindo fotografia em quase todas lojas e postos. Mas para ilustrar o que estou falando, segue uma foto catada na net.Considerado um artigo de luxo, os produtos tem certificado de autenticidade. Pois é, os falsificados também já chegou na área do murano. Para minha decepção fui informada, em uma das lojas, que os relógios de pulso são made in China. Era algo que queria muito mas sou politicamente correta, ou seja, compro se for autentico ou se não sei que é falso. Porém, apesar de belos os vidros são caros. É claro que tem sempre um que cabe no bolso. Anotei alguns preços interessantes como um jogo de taças de vinho (€ 30), vaso médio (€ 40), baixela para centro de mesa (€ 70) e colares e brincos (a partir de € 3).

Mas o que me deixou encantada são as tantas esculturas espalhadas pela ilha. O contraste do antigo com o design italiano fazem um belo cartão postal. Vejam algumas fotos que fiz.

Agora uma dica. Murano não tem muitos bares e osterias para comer algo rápido. Os poucos restaurantes ficam no canal principal. No inicio deste tem uma galeria, escondida numa minúscula porta, onde é possível encontrar pizza em pedaços e sanduíches. Fique atento pois a única identificação é um cartaz pequeno, na entrada.

Bem, depois deste giro de meia jornda, o jeito foi voltar para Venezia e percorrer os tortuosos canais e vias. Mas esta fica para outro post, ok?