É difícil começar um texto depois das férias sem lembrar-me das redações escolares. Dá até saudades.. das férias, vamos deixar claro!
Nunca imaginei uma cidade que poderia mexer tanto comigo como Roma. A cidade eterna me hipnotizou. Chegando no hotel eu tinha pensado de me sistemar primeiro, escolher qual seria o roteiro do dia e então sair e desbravar os monumentos, mas como os quartos do albergue ainda não estavam liberados, deixei minha pesada mochila na recepção e comecei o meu passeio pelo Coliseu.
Da estação Termini fui descendo a via Cavour e absorvendo o clima da cidade. Pausa para um pedaço de pizza, aquisição de um chapéu para suportar o sol quente e fotos da Igreja Santa Maria Magiore.
As cores e os prédios antigos, contrastando com o azul celeste do céu, chamavam tanto a minha atenção que simplesmente passei desapercebida em frente da basílica de San Pietro in Vincoli onde está a famosa estátua de Moisés, de Michelangelo. Peccato.
Na cabeça só tinha um pensamento: chegar na maior arena de espetáculos da era romana. Ver a quantidade de turistas na frente dos portões me fez sentir feliz por ter comprado o RomaPass, €23, ainda na estação. Passei rapidinho pela bilheteria deixando para trás uma fila quilométrica de pessoas. Senti-me tão esperta.. rs. (Dica do Ricardo Freire que valeu muito a pena).
O tamanho do Coliseu me impressionou. As colunas derrubadas, os arcos, as galerias. Senti um misto de euforia e tristeza. A primeira por conhecer a história* do lugar, a arquitetura e engenharia utilizada, a genialidade de como foi concebido. A última por relembrar que milhares de pessoas morreram naquele lugar de formas mais monstruosas possíveis. Não consegui sair de lá rápido. Quase 4h depois, consegui convencer o cérebro que era preciso conhecer outros pontos turísticos.
Fotos no Arco de Constantino, Parco di Traiano e descobrir que Roma está cheia de esculturas do artista Jiménez Deredia. As obras, em forma de mulheres gordas, lembram Botero. Posso dizer que o contraste do moderno com o antigo me agradou e muito.
Os pés já começavam a reclamar mas ali perto estava a Piazza Del Campidoglio que merecia ser conhecida. Final da noite e era hora de voltar ao albergue, descansar um pouco e depois sair para comer. Ainda não tinha aprendido que só volta ao hotel na hora de dormir pois se perde muito tempo. Pensava em ir a Piazza Navona mas acabei na Piazza Campo dei Fiori. Entrei na pizzaria Il Stragnero, só pelo nome não deveria ter entrado, e, entre o primeiro atendimento ao momento de comer a minha pizza margherita, €9, passaram 45minutos. Não recomendo apesar da qualidade do pasto. Esperar tanto me dá nos nervos.
Na hora de voltar ao hotel, uma passada numa gelateria da vizinhança. Já era hora de dormir pois o dia seguinte começaria bem cedo! Mas isso fica para o próximo capítulo.
Ciao!
* O Coliseu foi construído, no ano 78 d.C, por um "arquiteto" chamado Gaudêncio. O seu nome simplesmente não aparece nos livros de história e nos relatos de Roma porque ele se converteu ao cristianismo e acabou sendo morto na arena de sua grande obra. Assim, foi riscado dos registros oficiais após a sua conversão.
4 comentários:
Muito legal ver Roma sob os seus olhos. Me explica como funciona o RomaPass? Onde posso comprar, o que esta incluido nele?
Um abraço pra ti
PARABÉNS PELO BLOG!
Viajei com vc!
Baci
Que delícia de passeio! Não há como não gostar da Itália. Um local lindo e cheio de história... Além de muito charmoso...
Beijos
ah, botero... vi uma expo dele aqui na praca em frente a catedral de berlim ha uns dois anos, achei tao linda!
e sobre o coliseu, menina... voce e cultura! eu nao sabia essa do arquiteto do coliseu ter sido morto la mesmo. que triste!
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