sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Paris é assim para mim(2)



Ainda estou em clima de nostalgia de Paris. Consigo ouvir o som melodioso do acordeon que era tocado dentro do metro; do som do francês falando “bonjour madame!”; do gosto bom da comida. Eu quero voltar! Preciso de mais.
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Depois do “diário de bordo” posso deixar algumas das minhas impressões sobre a viagem a começar pelo “pé na jaca” que contei. Eu comprei um Nokia 5230, com GPS, justamente para evitar o ocorrido. Qual não foi a minha surpresa ao chegar lá e ver que não funcionava na França. Não sei qual o motivo mas na Itália funciona bem. E para quem fez, mentalmente, a pergunta se eu carreguei o mapa para o cel., digo que sim caro mio!
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O frio foi o meu maior inimigo. Sério. Mesmo acostumada com baixas temperaturas não contava com o vento que fazia piorar ainda mais a situação. Andar a pé foi complicado. Senti a face congelar e tive dificuldades de conversar com um casal paulista que conheci na Torre Eiffel. Chegando em casa percebi o estrago que havia acontecido na minha pele.
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Já disse anteriormente mas tenho que repetir: os franceses usam pouco a buzina. Mesmo em um congestionamento não se ouve tanto barulho como somos acostumados no Brasil. Questão de educação no transito ou inteligência, pois sabem que apertar a buzina não vai fazer os demais carros desaparecerem como por um passe de mágica? Como exemplo vivi algo para confirmar o que digo. Enquanto tentava bravamente me encontrar pelo mapa fiquei parada no meio da rua que mais parecia uma calçada. Quando me dei conta havia um carro parado esperando que eu saisse. E o motorista buzinou para que eu me tocasse? Não.
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Como meu planejamento de ir a certos pontos foi pro brejo, inclusive restaurantes, coloquei na cabeça que a comida tinha que me surpreender em qualquer lugar que eu entrasse. Mamma mia, consegui! Perto do albergue que fiquei, bem na saída do metrô de St. Paul, tinha uma pasticceria que me deixou louca. Agora eu abro um espaço para dramatizar um pouco, ok? Após a primeira mordida num macarron eu fui ao céu e voltei (tinham outros para provar ainda..rs). Alguém me explica o que era aqui? Comprei os sabores baunilha, pistachio,café, chocolate e framboesa. Gostei mais dos dois primeiros. Também comi o melhor brownie da minha vida. E os muffins? Alguém me acode! E as tortas? E o creme quente ao rum?
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Já falei dos vinhos? Ahhhh, deixa eu voltar, s'il vous plaît? Para esquentar o sangue, enquanto caminhava a ermo, comprava o quente que é uma delicia. No restaurante eu escolhi um vinho vermelho, que não lembro o nome, mas que não dava para sentir o teor alcoólico. Apesar de ser bom, errei no tipo pois era para acompanhar um salmão que pedi. O prato estava uma delícia. Vinha com vagens cozidas no azeite. O “caldinho” do limão escorrendo no prato e se misturando à comida deu um “tcham” inesperado.
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Algo que eu queria comer era queijo (sou mineira e não nego a raça) e escolhi um mix de formaggio para provar. Alguns são muito fortes. Tem que ser francês mesmo para comer com naturalidade.
Teria que ficar uma semana lá, e com muito dinheiro, para comer tudo o que queria e não foi possível. Fica pra próxima o scargot e Cia! Ah, e detestei o crepe. Sei lá, acho que não dei sorte. Nos dois lugares que comprei a massa era sem gosto.
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Fazendo comparações:
O café francês é horrível, uma água suja como dizem os mineiros, em confronto ao café italiano, que é forte e marcante. Fora que é caro demais, 4,50€;
O brasileiro deve gostar mais do cappuccino feito na França pois leva chantilly;
Para o paladar brasileiro os doces franceses são melhores que os italianos. Mesmo já adaptada ao paladar daqui não gosto dos doces produzidos na “Bota”. A maioria é do tipo biscoitos. Na França tem mais açúcar.
Os italianos são mais bonitos e elegantes que os franceses. Surpreendi-me com as francesas neste quesito. Não são tão produzidas como as italianas.
Paris é uma metrópole turística, ou seja, limpa no centro e um pouco suja na região de entorno. Bem diferente da provinciana Treviso que é limpíssima.
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E sobre encontros e despedidas em Paris eu conto no próximo post, ok?
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Au revoir! (;p)

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